atraio quem
passa rente,
feito para-raio
só que de gente.
basta orbitar
minhas esquinas,
deitar ao lado
tal qual horizonte
e já tá guardado.
sempiternamente
vivo e enterrado.
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Como dizia Mário Quintana: "A saudade que dói mais fundo – e irremediavelmente – é a saudade que temos de nós." Por isso, esse é meu registro de vida, minha invenção da verdade, meu delírio quase-diário. Escrevo para lembrar, para não ter saudade e para deixar saudade. De quem sou, fui e ainda não.
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