não sei medir
o que sinto
dosar
minto se disser
que sei
troco metros
por mililitros
confundo sentimentos
e centímetros
me perco em minha
própria dimensão
quando me prolongo
no outro
inflo e dobro de tamanho
tornando gigante
o ínfimo
e infinito
o átomo
aí no fim
quando isso
acaba e se desdobra
vem algum poema:
longa e melancólica obra
de tudo o que sobra.
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
agora jaz
seu rosto
não tem mais
contorno
ele vibra
é um borrão
em movimento
mais e mais
ele se parece
menos com você
e mais com a rua
com outro rosto
que tanto faz
chegou a hora
o agora jaz
e você vai
devagar
me deixando
pra trás
pra morar
no tempo.
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
ensaio sobre não dizer
o não dito
ergue
um muro
de vidro
entre quem
não diz
e quem
espera ouvir
é patético
ver aquele
que silencia
tentando
se esquivar
atrás de algo
transparente.
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
queda
pior que
a perda
da coisa
é o perder
da coisa
ver o tudo
virar quase
reduzir
o eterno
o eterno
à fase
cair
lentamente
do topo
à base.
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
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